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09/06/2018 19:06

O paradesporto e políticas de inclusão foram discutidos no Fórum Internacional do Esporte

O esporte paralímpico esteve também na pauta do II Fórum Internacional de Esportes, tema da apresentação de três palestrantes. O primeiro foi Ciro Winckler, coordenador de alta performance do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Para dar uma dimensão da importância da prática deste segmento, ele citou que 24% da população brasileira têm algum tipo de deficiência e falou da importância de garantir políticas públicas para esse segmento. De acordo com Winckler, o Comitê Paralímpico Brasileiro faz este papel, embora não seja esta sua atribuição.

O CPB tem como meta capacitar 70% dos professores de educação física do Brasil. Para isto, utiliza o que Ciro considera ser o maior legado dos jogos olímpicos e paralímpicos de 2016: o Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo. No ano passado, foram realizados no espaço 197 eventos que reuniram 11 mil pessoas. Ciro Winckler anunciou que o comitê dispõe de R$ 47 milhões para financiar projetos paralímpicos.

O médico e paratleta baiano Renê Pereira também foi palestrante do tema. Em 2006, Pereira foi diagnosticado como portador de um abscesso que comprimia sua medula e em duas semanas o deixou sem movimentos por seis meses. Após tratamento no Hospital Sarah, esse baiano de Itapetinga resolveu se dedicar ao esporte – primeiro natação, depois remo –, recuperando a autoestima e atiçando a competitividade.

Superação – Em sua primeira participação no campeonato brasileiro, ficou em terceiro lugar. Pereira teve que enfrentar a burocracia para importar um simulador de remo e melhorar o desempenho. Em 2015, foi campeão brasileiro. Hoje, ostenta o tricampeonato nacional, bicampeonato sul-americano e a sexta colocação nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Sua meta e trazer uma medalha de Tóquio, em 2020, e vem discutindo com a Sudesb a construção do Centro de Treinamento de Remo e Canoagem, no Parque Metropolitano de Pituaçu.

O terceiro palestrante sobre o tema paradesporto foi Virgílio Leiro, representante do Instituto Neurológico da Bahia (ION). Ele falou sobre o pouco investimento das prefeituras baianas na área. Disse que apenas cinco dos 417 municípios baianos desenvolvem projetos nesta área. Neste ritmo, prosseguiu, “será difícil formar atletas como Jefinho, da seleção brasileira de futsal”.

Por outro lado, destacou como muito positiva a parceria que o ION mantém com a UFBA, que disponibiliza espaço para a prática de iniciação esportiva voltada para crianças com Síndrome de Down.

SSA, 09/06/2018
Ascom/Sudesb
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