Maratona Suba 100 de MTB reúne 1,5 mil ciclistas em Santa Teresinha

A 5ª edição do Suba 100, uma das principais maratonas de mountain bike do país e uma das mais desafiadoras da América Latina, terminou no último domingo (28), no município de Santa Teresinha, na Bahia.  A prova, que teve o maior número de participantes desde a sua criação, em 2015, envolveu mais de 1.500 ciclistas de 20 estados brasileiros, mais o Distrito Federal, atraídos pelo cenário exótico de formações rochosas presente no percurso de até 160 quilômetros que corta os municípios de Castro Alves e Itatim.

O atleta de Brasília, Mário Veríssimo, confirmou o favoritismo e venceu a prova na categoria elite masculina, seguida pelo mineiro, de Juiz de Fora, Daniel Carneiro. Na categoria elite feminina, a baiana Caroline Silva foi a grande vencedora do Suba 100. A soteropolitana desbancou uma das favoritas, a brasiliense Julyana Machado, que chegou em segundo lugar. 

Durante três dias (26 a 28 de abril), a cidade de Santa Teresinha, conhecida como a casa dos esportes de aventura, respirou mountain bike. Organizada pela Federação Baiana de Ciclismo (FBC), a competição teve o apoio do Governo da Bahia, por meio da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), e do  FazAtleta, que investiram, diretamente, R$155 mil e R$ 165mil, respectivamente.

Apoio – Desde sua primeira edição, quando contou com a participação de apenas 186 atletas, a Sudesb tem apoiado a prova. Em 2016, o número de inscritos já saltou para 600 e agora chegou ao ápice. O diretor-geral da Sudesb, Vicente Neto, que é filho da região, nascido e criado em Castro Alves, comemorou os resultados do evento para o esporte e para a economia das cidades envolvidas.

“Evento grandioso. A participação crescente revela o sucesso dessa competição, importante não só para a área esportiva, mas também para a economia e o turismo dos três municípios envolvidos. Eu, que sou filho da terra, fico muito orgulhoso com esta competição. O esporte e o turismo de aventura estão ligados e devem ser apoiados sempre pela Sudesb”, observou Vicente.

Segundo Orlando Schmidt, presidente da FBC, a prova é montada em dois estágios. No primeiro, os ciclistas se aventuram na Serra da Jiboia, com subidas intermináveis e single tracks fascinantes. “Quem chega ao topo tem como recompensa um visual lindo do Recôncavo baiano em meio à mata atlântica”, disse. No segundo estágio, o desafio fica por conta dos Inselbergs (formações rochosas).  “Este estágio também recebe o Suba 50, com 64km de pedaladas entre as ilhas terrestres. Para quem quer se divertir com a magia dos Inselbergs sem sofrer a dureza da Serra da Jiboia, essa categoria é a mais indicada”, explicou Schmidt.

Superação – Após completar o primeiro dia de prova com duração de 10h, a ciclista Vera Almeida, de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador, que participou pela primeira vez do Suba 100, disse que o sentimento é um só: superação. Para ela, que disputou com o marido, Eric Cordeiro, o resultado é o que menos importa. “A prova exige de nós muita resistência do corpo e da mente. São duas coisas que estão ligadas e que precisam trabalhar juntas para que a gente consiga superar os limites e completar o desafio”, disse Almeida.

O atleta baiano de Vitória da Conquista, Leandro Cover, que também disputou o Suba 100 pela primeira vez, disse ter sido uma das provas mais desafiadoras que já disputou. “Já participei de eventos como a Brasil Ride e eu nunca pensei que iria sofrer tanto nesta prova. O início foi muito duro, com muito sobe e desce, com uma dificuldade enorme de subidas de mais 8 km, mas a vista é sensacional e vale muito a pena. Para nós, essa prova é maravilhosa”, afirmou.